A Associação Moçambicana dos Operadores de Microfinanças (AMOMIF) realizou, no dia 22 de abril de 2025, uma assembleia geral na sua sede em Maputo, em formato híbrido, que foi marcada pela discussão de tópicos essenciais para o futuro da instituição. Dentre os pontos destacados na agenda, a revisão dos estatutos ocupou um papel central, visto que nunca haviam sido alterados desde a fundação da associação, em agosto de 2007.
Com as mudanças propostas, a AMOMIF visa ampliar sua abrangência, integrando uma maior diversidade de provedores de microfinanças e aprimorando a operacionalidade do Conselho de Direcção. As alterações também incluem estratégias para envolver todas as regiões do país na composição dos órgãos de gestão e reduzir a dependência de doações para garantir um funcionamento mais sustentável.
“O fortalecimento do sector de microfinanças em Moçambique é um elemento crucial para impulsionar o desenvolvimento económico e social. A revisão dos estatutos da AMOMIF evidencia a preocupação em adaptar-se aos desafios contemporâneos, promovendo práticas mais inclusivas e sustentáveis”, explicou a Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Rosita Alberto.
“A ampliação da abrangência para incluir diferentes tipos de instituições de microfinanças demonstra o compromisso da AMOMIF em atender à diversidade de necessidades das comunidades, fornecendo acesso ao crédito e outros serviços financeiros para grupos que frequentemente enfrentam exclusão do sistema bancário tradicional” – disse António Souto, Presidente do Conselho de Direcção, acrescentando que “isso contribui directamente para a redução da pobreza, a promoção do empreendedorismo local e o fortalecimento de economias familiares”.
Uma das deliberações em destaque foi a possibilidade de criar uma Comissão Executiva. Este novo órgão a ser composto por um ou dois membros do Conselho de Direcção, juntamente com um Secretário Executivo, tendo como principal responsabilidade a gestão corrente da AMOMIF.
Com estas mudanças pretende-se melhorar a eficiência na tomada de decisões, mas também estão alinhadas com os princípios de boa governação corporativa. A criação de condições para atrair e incluir representantes de diferentes regiões do país nos órgãos de gestão reforçando a transparência e a representatividade, essenciais para uma gestão democrática e eficiente.
A Assembleia Geral aprovou igualmente uma nova tabela nos valores de jóias e quotas a pagar pelos membros. Estes novos valores entram em vigor a partir do próximo dia 1 de Junho de 2025 e tomam em conta a diversidade do tipo de instituições prestadoras de serviços de microfinanças.
“Nos últimos dois anos e com apoio de parceiros como o REFP-IFAD, a AMOMIF tem vindo a prestar aos seus e de forma subsidiada uma gama serviços no âmbito da formação e capacitação de gestores, assistência legal através de um consultório jurídico, ferramentas informáticas de gestão, apoio em marketing entre outros. – referiu o presidente do Conselho de Direção, acrescentando: Sabemos que vamos continuar a precisar da assistência financeira e técnica de parceiros. Está nos nossos planos negociar e implementar novos programas. Mas os membros, como instituições privadas, têm de saber valorizar esta assistência contribuindo um pouco mais para a sustentabilidade da sua associação.”
A nova Tabela de Valores de Jóias e Quotas a partir de 01/06/2025:
A Proposta de Revisão dos Estatutos no link:
