A Caixa Mulher deu início ao processo de digitalização dos seus serviços financeiros, com o objetivo de melhorar o acesso ao crédito para mulheres empreendedoras em Moçambique. A iniciativa, conta com financiamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e visa combinar a formalização de micronegócios com a concessão de microcrédito através de processos digitalizados.

Este arranque da digitalização representa uma mudança importante no sistema de crédito, tornando o processo mais ágil e transparente. Ao eliminar a burocracia que tradicionalmente limita o acesso ao financiamento, a iniciativa facilita o processo desde o registo das beneficiárias até à aprovação do crédito. A simplificação e a aceleração das etapas são fundamentais para garantir que mais mulheres, especialmente aquelas que operam no setor informal, possam ter acesso a recursos financeiros essenciais para o crescimento dos seus negócios.

Para apoiar esta transformação, a Caixa Mulher irá utilizar a plataforma eMali, da empresa moçambicana Paytech, que permite o registo e a operação digital das empreendedoras. Com o uso de smartphones, as candidaturas a crédito podem ser feitas de forma simples e rápida, com o envio de documentos digitais e a validação no terreno por equipas do microbanco e da Paytech.

Este projecto que está actualmente em fase piloto, insere-se na estratégia de apoio à transformação digital que a Gapi tem estado a promover no sector das microfinanças. Em parceria com a AMOMIF (Associação Moçambicana de Microfinanças) a Gapi prevê expandir esta iniciativa para outras regiões de Moçambique, com o objetivo de aumentar a inclusão financeira das mulheres e dar um impulso ao desenvolvimento das pequenas empresas lideradas por elas.